quinta-feira, 29 de julho de 2010

O QUE SE PASSA NAS VITRINES DO MUNDO...

Em Londres, nas vitrines dos grandes nomes da joalheria como Bulgari, Chopard e Asprey, o ouro branco com brilhantes, que tradicionalmente dominava a cena, hoje divide espaço com o ouro amarelo.

Na Chanel Joalheria, TODAS as peças da vitrine eram de ouro amarelo com pedras coloridas. A nova coleção da Bulgari brinca com o círculo, elemento sempre presente na marca, renovado em ouro amarelo com brilhantes e cabochões coloridos. A Cartier também se rendeu às pedras de cor nos dois últimos lançamentos. Em uma das coleções, a marca apostou em formas puras, ouro amarelo polido e pedras coloridas com cores quentes. Na outra, o design é mais orgânico, em ouro branco com pavê de brilhantes e pedras coloridas em cores fortes, numa paleta azul, roxo, vermelho.


Mesmo nas lojas /atelier de designers em Covent Garden e Notting Hill, as peças inovadoras são vistas em ouro amarelo. Nas bijus, o dourado prevalece, fosco, polido, envelhecido e combinado aos mais diversos materiais.

Mas, se o ouro amarelo é, confirmadamente, a cor do momento, o ouro rosa, ou avermelhado, é a cor do futuro.

A Boucheron está com uma cor de ouro lindíssima, que lembra a do ouro das jóias antigas, entrando no clima de nostalgia do momento, porém há uma pitada a mais de vermelho na cor, traz um ar de vanguarda. Experimentei um anel de porco espinho nessa nova cor de ouro, superescultural, grande e forte, mas delicado e cheio de mini-detalhes, que traduzem a mensagem de moderno hoje com passado tradicional da Boucheron. Na sua nova coleção, a marca se inspirou na Índia, e o vermelho dá o tom, tanto nos metais quanto nas pedras.

Uma surpresa foi a quantidade de jóias em formato de coração vistas. Várias marcas de jóias de ouro e de prata mostravam coleções com os corações interpretados de várias maneiras, tanto na Inglaterra quanto na Suécia.

Sem dúvida, o mais ousado foi Theo Fennell, que faz sucesso no Hall das jóias na Harrods com suas cruzes. Com uma inspiração gótica, ele colocou chifres num coração vermelho (coberto por pavê de rubis) e um coração todo cravado em brilhantes negros no lugar da caveira sobre os ossinhos cruzados, chiquérrimos, cravados em pavê de diamantes.

Dizem por lá que as peças-chave do ano são colares e correntes. Por outro lado, o que vemos com unanimidade é a escala. As peças são grandes, colares e brincos são longos, pingentes e anéis, tudo é grande.

O mote da vez parece ser usar uma peça de impacto. O cliente busca individualização, e as marcas de sucesso seguem as tendências, buscam inovação, sem perder sua identidade.

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